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SOBRE A LIBERDADE E RESPONSABILIDADE DE “SER O QUE SE É” EM SCHOPENHAUER

Gabriel Silva de Mello
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título:  Sobre a liberdade e responsabilidade de “ser o que se é” em Schopenhauer
Título em língua estrangeira:  On the freedom and responsibility of “being what one is” in Schopenhauer
Autor:  Mello, Gabriel Silva de
Orientador:  Félix, Wagner
Linha de Pesquisa: Estética e Filosofia Social
Resumo

Nesta dissertação, buscamos examinar os conceitos de liberdade e responsabilidade de “ser o que se é”  na filosofia de Schopenhauer. Perpassando a epistemologia schopenhaueriana, notamos que o princípio de causalidade, ao determinar o mundo representacional, não nos permite pensar qualquer ação humana sem uma razão suficiente. Destarte, como explicar esse sentimento de liberdade e responsabilidade moral que imputamos  às  nossas  ações  e volições? Na tentativa de  alumiar  essa aparente contradição entre necessidade e liberdade moral, principiaremos por uma exposição da crítica que o filósofo da vontade prospecta à filosofia kantiana, perscrutando a solução da terceira antinomia da Crítica da razão pura, cujo objeto é a liberdade. À parte isso, enunciaremos a exposição epistemológica do princípio de razão suficiente, enquanto fundamento de toda representação, seguida da explanação da metafísica da vontade como resposta à antinomia kantiana supracitada e como andaime para a edificação de uma ética descritiva, segundo a qual a razão se mostra improfícua para melhorar a disposição moral dos indivíduos. Por fim, munidos das acepções epistêmicas e metafisicas de Schopenhauer, elucidaremos o movimento de negação do livre-arbítrio, enquanto ausência de toda necessidade, seguido do deslocamento do lócus da liberdade e responsabilidade para além dos domínios das ações individuais, mediante a asseidade da vontade.

Palavras-chave: Liberdade, responsabilidade, vontade, necessidade, moral.
Abstract:

In this dissertation, we seek to examine the concepts of freedom and responsibility of “being what you are” in Schopenhauer's philosophy. Investigating Schopenhauerian epistemology, we observe that the principle of causality, which determines the representational world, does not allow us to think of any human action without sufficient reason. So, how can we explain the sentiment of freedom and moral responsibility that we attribute to our actions and volitions? In an attempt to illuminate this apparent contradiction between necessity and moral freedom, we will begin with an exposition of the criticism that the philosopher of will prospects to Kantian philosophy, examining the solution of the third antinomy of the Critique of pure reason, whose object is freedom. Apart from that, we will enunciate the epistemological exposition of the principle of sufficient reason, as the foundation of all representation, followed by the explanation of the metaphysics of the will in response to the aforementioned Kantian antinomy and as a scaffold for the construction of a descriptive ethics, according to which reason is shows useless to improve the moral disposition of individuals. Finally, armed with Schopenhauer's epistemic and metaphysical meanings, we will elucidate the movement of denying free will, as the absence of all need, followed by the displacement of the locus of freedom and responsibility beyond the domains of individual actions.

Keywords: Freedom, responsibility, will, need, morality.
Temas: 

Liberdade, Responsabilidade moral, Vontade, Necessidade.

Língua: Português
Citação: 

Mello, Gabriel Silva de. Sobre a liberdade e responsabilidade de “ser o que se é” em Schopenhauer. Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes. Maringá, 2020.

Data:  2020
Arquivo:

Mello, Gabriel Silva de. Sobre a liberdade e responsabilidade de “ser o que se é” em Schopenhauer. Maringá, 2020.

Repositório: